O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta
sexta-feira que, apesar do crescimento de apenas 0,9% do PIB (Produto
Interno Bruto) brasileiro em 2012, a economia já apresenta sinais de
melhora.
Segundo Mantega, dados de janeiro mostram que a
aceleração verificada no último trimestre de 2012, quando a economia
cresceu 0,6%, se mantém.
"Embora o resultado tenha ficado
abaixo das expectativas, observamos que houve uma recuperação da
atividade econômica ao longo do ano. Uma nítida recuperação", afirmou o
ministro.
O crescimento de 0,9% da economia em 2012,
divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística),
foi o menor índice desde 2009 e inferior à média do crescimento de
países desenvolvidos (1,3%), que têm sido mais afetados pela crise
econômica mundial.
Emprego e salário
Segundo Mantega, porém, o mau desempenho da economia não afetou as famílias brasileiras. "Tivemos um excelente resultado em emprego, a massa salarial cresceu 6%, o que não é pouca coisa, e o aumento real de renda da população foi de 4%."
O ministro atribuiu o desempenho da economia à
crise econômica mundial e disse que algumas das principais políticas
econômicas adotadas pelo governo Dilma Rousseff – como a desoneração da
folha de pagamentos para setores da indústria, a redução da taxa básica
de juros e o barateamento da energia elétrica – levam tempo para surtir
efeitos.
Segundo ele, há boas perspectivas para a
economia nacional nos próximos anos, "levando em consideração que a
crise está arrefecendo".
Mantega disse ainda que a baixa taxa de
investimento do país – que caiu 4% em 2012 e é um dos maiores obstáculos
à expansão do PIB – crescerá à medida que os programas do governo para a
consessão de estradas, portos e aeroportos sai do papel.
Em nota sobre o anúncio do IBGE, o Banco Central
também ressaltou a melhora dos indicadores no quarto trimestre, "bem
como a tendência de que (os investimentos) sejam impulsionados pelos
estímulos introduzidos na economia e pelas perspectivas de que o ritmo
de crescimento em 2013 será bem superior ao observado em 2012".
Segundo o órgão, os dados indicam que a economia está em fase de "gradual recuperação".
"Os sólidos fundamentos e um mercado interno
robusto constituem um diferencial da economia brasileira, de modo que,
mesmo diante de um ainda complexo ambiente internacional, o atual ciclo
de crescimento tende a continuar nos próximos anos", diz o banco.
Fonte: BBC
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