Foto: Site Oficial do Vaticano |
Em seu primeiro Angelus, o então Papa Francisco, eleito na última quarta-feira (13), fala sobre a misericórdia e o perdão dirigindo-se a uma multidão de mais de 100 mil pessoas na Praça de São
Pedro, no Vaticano. Diz o papa da janela de seu apartamento papal: "Deus jamais cansa de nos perdoar. Nós é que cansamos de pedir
perdão."
Fugindo à tradição de usar o Angelus para comentar assuntos
internacionais, Bergoglio ainda brincou ao fazer referência a um livro, escrito pelo cardeal alemão Walter Kasper falando sobre a importância da misericórdia para tornar o mundo "menos
frio e mais justo". "Mas não pensem que estou fazendo publicidade do
livro do cardeal", disse o papa, arrancando risos do público.
O papa lembrou ainda a origem italiana de sua família e
destacou que Francisco de Assis, o santo que inspirou o nome adotado por
ele durante o papado, é patrono da Itália, o que reforça sua relação
com o país. Mas lembrou que todos "fazemos parte de uma família maior, a
família da Igreja". Ao final de seu discurso, saudou os
peregrinos e pediu que orassem por ele. E se despediu da multidão: "bom
domingo e bom almoço."
Pouco antes do Angelus, o papa esteve na pequena paróquia de Sant'Anna,
dentro do Vaticano, onde celebrou uma missa interna para cerca de cem
pessoas. Ao chegar ao local, ele quebrou o protocolo e parou para
cumprimentar fiéis que gritavam seu nome do lado de fora, em uma entrada
lateral do Vaticano. Depois de distribuir risos e apertos de mão, o
papa olhou para o relógio e disse que precisava entrar.
Na breve homilia, Francisco relembrou ainda o episódio bíblico em que
Jesus salvou uma mulher adúltera da condenação por apedrejamento. ''Jesus
os disse: quem entre vocês que não tiver pecado, que atire a primeira
pedra. Então virou para a mulher e disse: vai, e não peques mais'',
contou o papa. "Às vezes, somos como essas pessoas. Por um lado,
queremos ouvir Jesus, mas, por outro, queremos jogar pedra,
condenar os outros", afirmou.
Nesta terça-feira, Francisco celebrará a missa oficial que dará início
ao seu pontificado. Dezenas de autoridades participarão do evento, entre
elas as presidentes do Brasil, Dilma Rousseff, da Argentina, Cristina
Kirchner, e a chanceler federal alemã, Angela Merkel.
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