O Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) deferiu, na noite de
quarta-feira (8) a reintegração de posse do canteiro de obras da usina
Hidrelétrica Belo Monte, em Vitória do Xingu,
no Pará, de acordo com informações do Ministério Público Federal (MPF).
A decisão foi tomada pela desembargadora Selene Almeida e despachada
pelo juiz federal Sérgio Wolney Guedes, de Altamira.
Policiais da Ronda Tática Metropolitana (ROTAM) e da Força Nacional já
estão no local. Eles aguardam a chegada da procuradora Thais Santi para
intermediar a conversa com os índios Munduruku.
Devem ser retirados cerca de 160 indígenas de seis etnias que ocupam a
barragem desde o último dia 2 de maio. Segundo o presidente da
Associação dos Povos Munduruku do Alto Tapajós, o clima dentro do
canteiro ainda é tranquilo, eles esperam pacificamente pela chegada da
procuradora. Mas, garantem que se foram retirados, devem voltar a ocupar
o canteiro de obras até que as reivindicações deles sejam atendidas,
entre elas a consulta prévia e a suspensão de estudos e obras de
barragens que afetam as terras indígenas.
A ordem de reintegração permite a retirada forçada dos indígenas para a
desocupação do canteiro e deixa a critério da força policial admitir ou
não a entrada de jornalistas, advogados e observadores externos.
O Ministério Público Federal afirma ter feito um acordo com a polícia
de que acompanhará a reintegração, sendo representado pela procuradora
Thais Santi.
Entenda o caso
Cerca de 150 manifestantes, entre ribeirinhos e índios de diversas etnias invadiram na manhã da última quinta-feira (2) o sítio Belo Monte, em Vitória do Xingu, sudoeste do Pará. Os indígenas chegaram em quatro ônibus, armados com flechas bordunas, uma arma indígena semelhante a uma clava. Uma parte dos manifestantes entrou no canteiro de obras, enquanto o restante ficou na entrada do local impedindo a entrada e saída de pessoas.
Cerca de 150 manifestantes, entre ribeirinhos e índios de diversas etnias invadiram na manhã da última quinta-feira (2) o sítio Belo Monte, em Vitória do Xingu, sudoeste do Pará. Os indígenas chegaram em quatro ônibus, armados com flechas bordunas, uma arma indígena semelhante a uma clava. Uma parte dos manifestantes entrou no canteiro de obras, enquanto o restante ficou na entrada do local impedindo a entrada e saída de pessoas.
Os índios criticam a presença de tropas federais na região, que
estariam dando suporte de segurança para estudos de impacto ambiental
voltando para projetos de desenvolvimento sem que as tribos fossem
consultadas. A Norte Energia já havia entrado com um pedido de
reintegração de posse no dia 3, mas a liminar foi negada pela Justiça de
Altamira.
Fonte: G1
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